sábado, 2 de outubro de 2010

CROP CIRCLES Mensagens para estes tempos* - Francine Blake


CROP CIRCLES
Mensagens para estes tempos*
por Francine Blake

Desenhos extraordinários de grande complexidade são diariamente encontrados em plantações de vários tipos de vegetação. Esse fenômeno ocorre em âmbito mundial, principalmente na Inglaterra, nos meses de verão. Nos países nórdicos, os padrões circulares são vistos no gelo e na neve, e até desertos podem receber algumas belas formações. Elas são lindas, trazem em si significado e chegam com muita insistência; então, por que quase não há resposta do público? Durante muitos anos, os Crop Circles receberam pouca e  inapropriada cobertura por parte  da Imprensa. Isso pode ter sido porque eles se encontram muito distantes da compreensão da maioria das pessoas ou porque são vistos como desafios por pessoas de mente estreita. Em todo caso, a falta de informação por parte da mídia deve-se à ignorância sobre os fatos.

O assunto Crop Circles não é uma questão de crença; eles existem no mundo físico e nós podemos visitá-los, tirar fotos, pegar amostras de plantas e de solo e fazer com que sejam examinadas por cientistas. Para a maioria das pessoas  ver algo através de um poderoso microscópio é um modo válido  de se determinar se há diferença  entre uma planta que está em pé e outra que está dobrada no solo. Milhares de espécimes de plantas que faziam parte dessas  formações foram enviados a laboratórios e as análises mostraram que eles foram submetidos a uma energia que incluía plasma: suas sementes não germinam da mesma forma que as sementes normais e produzem plantas  diferentes. Os espécimes de outras plantações ou os encontrados em desenhos feitos pelo homem, encomendados pela mídia ou por outras  instituições, não apresentam esses resultados.
                         
 Amostras de terra dos Crop Circles também foram analisadas de modo semelhante, indicando que as áreas foram atingidas por algum tipo de energia poderosa como um raio, que mudou sua composição tão radicalmente que as culturas subseqüentes nesses locais foram afetadas durante anos. Não importa quão fantásticos sejam esses resultados, estamos no campo dos fatos, não da crença. Além disto, a geometria dos Crop Circles é precisa e refere-se a símbolos antigos, de todas as antigas tradições. Entretanto, não são em geral réplicas exatas, mas sim ponto de partida para a linguagem simbólica que unifica o conhecimento antigo com avançados conceitos científicos, dando-nos uma nova compreensão, mais apropriada para os nossos tempos. Ela pode ser decifrada, e a mensagem assim conseguida é importante para a humanidade de hoje.

Em geral, os Crop Circles são encontrados ao redor de lugares considerados sagrados por nossos ancestrais e Avebury, em Wiltshire, é a área mais ativa de todas. Há mais de trinta anos eles são documentados e apresentam uma evolução estudada, com temas específicos desenvolvidos durante as estações do ano em que eles aparecem. Desde 1980, mais de seis mil desenhos foram registrados em bancos de dados por todo o mundo. Isso é de fato impressionante. Alguma consciência está fazendo tudo para chamar nossa atenção.”

*Texto escrito originalmente em inglês.

Um livro sobre CROP CIRCLES

Com estudos sobre Artes, História Antiga e Zen-Budismo, Francine Blake encontra-se bem preparada para tentar desvendar o significado por trás dos Crop Circles. Descobriu o assunto em 1989 e dois anos depois entrou para o Centro de Estudos dos Círculos nos Trigais em Londres. Em 1992, mudou-se para Wiltshire, de modo a estar perto das formações. Fundou o Grupo de Estudos de Wiltshire e é uma das principais organizadoras da Conferência anual sobre Círculos nos Trigais, na cidade de Marlborough. É também editora da revista The Spiral. Após estudar, fotografar e catalogar os Crop Circles por vinte e um anos,

Francine acaba de escrever um livro sobre o assunto, que logo estará disponível. O livro é um profundo estudo crítico sobre os Crop Circles, no qual ela explica o motivo da escolha dos locais feita por eles e narra a história do fenômeno desde 1980, inclusive com provas científicas de seus efeitos sobre plantas e solo. Apresenta descrições sobre as famílias de símbolos, suas linhas de evolução e os significados dos desenhos. O livro detalha as implicações inerentes à manifestação dos desenhos e para onde eles estão nos levando. Além disso, contém muitos eventos não registrados e é fartamente ilustrado. Um livro para estes tempos.

 Trecho extraído:
Sinais de Figueira
Nº 20  página.  12.
Abril a Junho de 2010
Irdin Editora

CD de Trigueirinho que amplia este tema:

- NA ÉPOCA DOS CROP CIRCLES

Maiores informações sobre livros e CDs de partilhas:
http://www.irdin.org.br/

quarta-feira, 28 de julho de 2010

ORAÇÃO PELO PLANETA TERRA - VÍDEO

ORAÇÃO PELO PLANETA TERRA



ORAÇÃO PELO PLANETA TERRA
                                     Amara Antara (Marlene)

Misericordioso Senhor!
Senhor de Toda a vida
É tempo de Misericórdia
É tempo de conversão de almas

Eu me ajoelho a Vossos pés e
Peço:

Tente Misericórdia deste Planeta tão lindo, mas que está sendo destruído por seus filhos.

Misericórdia, Senhor!
Pelo Reino Mineral, que os homens, em sua ganância desenfreada, o destrói, apenas por vaidade e lucro.

Misericórdia, Senhor!
Pelo Reino Vegetal, que é devastado pelas queimadas, pela extração da madeira e modificado geneticamente.

Misericórdia, Senhor!
Pelos mares que suportam testes nucleares e outros de todas as espécies, apenas para subjugar seus filhos.

Misericórdia, Senhor!
Pelo ar que respiramos, carregado de fumaça, químicas e todo tipo de venenos.

Misericórdia, Senhor!
Pela Mãe Terra que, sufocada com bombas, escavações, lixos e maus tratos, se mantêm a Teu Serviço, incansavelmente.

Misericórdia, Senhor!
Pelos rios de águas cristalinas que se transformam em correntes sujas e fétidas.

Misericórdia, Senhor!
 Pelas guerras insanas que alimentam a indústria da morte e da destruição, tudo em nome de poder e lucro.

Misericórdia, Senhor!
Pelas crianças abandonadas que nascem do ventre materno em meio ao lixo e nas calçadas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são abandonados nos orfanatos e nas ruas, pela irresponsabilidade humana.

Misericórdia, Senhor!
Pelos pobres abandonados que sentem fome e frio.

Misericórdia, Senhor!
Pelos pobres de espírito que têm tudo e não têm nada.

Misericórdia, Senhor!
Pelos idosos e necessitados abandonados em asilos e nas ruas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que os abandonam impunemente.

Misericórdia, Senhor!
Pelos jovens que, por não conhecê-lo, sucumbiram às drogas, vícios e crimes.

Misericórdia, Senhor!
Pelos governos e governantes que fogem das responsabilidades e promessas feitas em palanques.

Misericórdia, Senhor!
Pelos seres dizimados somente por ter etnia e crenças diferentes.

Misericórdia, Senhor!
Por nossa indiferença pelos abandonados à própria sorte.

E, finalmente, Senhor!
Misericórdia!
Pelo Reino Animal, que, assim como os outros reinos, não tem como se defender da insanidade humana.
Tente misericórdia desses nossos irmãos de jornada que sem poderem defender-se  sofrem diversas agruras nas mãos dos chamados humanos, na verdade desumanos.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que estão nos matadouros amedrontados sem saber o que fizeram para merecer a morte em nome de uma alimentação balanceada.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que estão nas granjas sem ver a luz, sem poder seguir o curso natural da vida como ciscar, cantar e aninhar seus pintinhos debaixo de suas asas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são perseguidos e mortos sem misericórdia nos mares azuis que nos legaste, agora manchados de dor e sangue.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que suportam alimentos e bebidas em seu delicado estômago (foie gras), em nome de requinte e sabor.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são apartados de sua mãe na tenra idade para servir de alimento aos que se dizem humanos (baby beef/carne de vitela)

Misericórdia, Senhor!
Pelo que, através do sofrimento, em circos de dor e horror, divertem aqueles que deviam protegê-los.
Misericórdia, Senhor!
Pelos que, para divertir os homens, sofrem em rodeios.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que enriquecem os homens, há séculos, em touradas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais que sofrem e morrem na farra do boi.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são treinados para duelar com seus próprios irmãos em rinhas, até a morte.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que carregam o peso do mundo nas costas.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são mortos em laboratórios em nome de pesquisas vãs.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que sofrem nos laboratórios de vivissecção

Misericórdia, Senhor!
Pelos que são assassinados em altares religiosos em Teu nome.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais caçados apenas por esporte e status.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que sofrem pelo anzol em morte lenta.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais silvestres que perderam seu habitat.

Misericórdia Senhor!
Pelos animais que são escalpelados vivos em nome da moda e beleza.

Misericórdia, Senhor!
Pelos pássaros em seu canto triste em gaiolas, para deleite dos seres humanos.

Misericórdia, Senhor!
Pelos animais domésticos que:
São abandonados à própria sorte ao nascer, nas esquinas ou mesmo são mortos, afogados, apenas pelo fato de terem nascido.

Misericórdia, Senhor!
Pelos que tiveram um lar, mas que, ao envelhecer, são abandonados à própria sorte.

Misericórdia, Senhor!
Pelos doentes nas ruas e vielas.

Senhor! Em meio a tanta dor e sofrimento impostos por seus filhos, eu peço:

Tende Misericórdia, Senhor!
De nós, que nos esquecemos da Mãe Terra e de todas as maravilhas que o Senhor nos legou.

Misericórdia, Senhor! 
Para conosco, que estamos aqui para amar, cuidar e sermos guardiões de Tua Criação.

Misericordioso Senhor!
Eu acredito que toda a Criação, seja humana ou não humana, representam a Tua face.

Misericórdia, Senhor!
Misericórdia, Senhor!
Misericórdia, Senhor!




quinta-feira, 1 de abril de 2010

SEXTA-FEIRA SANTA - Gibran Khalil Gibran





SEXTA-FEIRA SANTA
                                                                        Gibran Khalil Gibran

Hoje, e em cada sexta-feira Santa, a humanidade acorda de seu sono profundo e, em pé ante as sombras do século, olha através das lágrimas o  Monte Gólgota para ver Jesus crucificado em sua cruz...

Mas assim que o sol se põe, a humanidade  volta a ajoelhar-se perante os ídolos que se erguem sobre todos os montes.
Hoje, guiados pela recordação, as almas dos cristãos dirigem-se de todos os cantos do mundo às cercanias de Jerusalém para contemplar uma sombra coroada de espinhos, que estende os braços até o infinito e penetra, através do véu da morte, as profundidades da vida.

Mas, mal as cortinas da noite tenham descido sobre o palco do dia, os cristãos voltam a deitar-se à sombra do esquecimento, embalados pela ignorância e a indolência.

Hoje, e em cada Sexta-Feira Santa, os filósofos abandonam suas grutas escuras, os pensadores, seus eremitérios frios, e os poetas, seus vales de quimeras, para se reunirem numa alta montanha e escutarem, calados e reverentes, um jovem dizer de seus assassinos:

"Pai, perdoa lhes porque não sabem o que fazem".
Mas, mal a quietude tenha apagado os ruídos do dia, os filósofos,  pensadores e poetas voltam a envolver suas almas nas mortalhas de livros gastos.

As mulheres distraídas pelo brilho da vida, apaixonadas por jóias e vestidos, saem hoje de suas casas para ver a mulher dolorida, de pé frente à cruz como uma árvore flexível frente às tempestades do inverno.

Os jovens e as jovens que se deixam levar pela corrente da vida sem saber aonde vão, param hoje um instante para contemplar a Madalena lavando com suas lágrimas o sangue que mancha os pés do homem erguido entre a terra e o céu.
Mas, quando se cansam desse espetáculo, desviam os olhos e continuam seu caminho entre risadas.

Num dia como este, todos os anos, a humanidade acorda com o despertar da primavera e chora pelos sofrimentos de Cristo; mas, depois, fecha os olhos e se entrega a um sono profundo.

A humanidade é uma mulher que se deleita em se lamentar pelos heróis do séculos.

Se fosse homem, regozijar-se-ia pela sua grandeza e suas glórias.

A humanidade vê Jesus o Nazareno nascendo e vivendo como um pobre, ofendido como um fraco, crucificado como um criminoso, e chora-o e lamenta-o.
E é tudo o que ela faz.

Desde há dezenove séculos, adoram a fraqueza na pessoa de Jesus, conquanto Jesus fosse um forte.

Mas eles não compreendem o sentido da verdadeira força.

Jesus não viveu como um covarde, nem morreu sofrendo e queixando-se.

Viveu como um revolucionário, e foi crucificado como um rebelde, e morreu como um herói.

Não era Jesus um pássaro de asas partidas, mas uma tempestade violenta que quebra, com sua força, todas as asas tortas.

Jesus não veio do além do horizonte azul para fazer da dor o símbolo da vida, mas para fazer da vida o símbolo da verdade e da liberdade.

Jesus não receou seus perseguidores, e não temeu seus inimigos, e não sofreu nas mãos de seus executores, mas era livre à face de todos, audacioso para com a injustiça e a tirania: quando via tumores pútridos, puncionáva-os; quando ouvia o mal falar, impunha-lhe silêncio; quando encontrava a hipocrisia, esmagava-a.

Jesus não desceu ao mundo da luz para destruir as nossas casas e, com suas pedras construir conventos e eremitérios.
Não veio para tirar os homens fortes de suas ocupações e fazer deles monges e padres.

Mas veio para insuflar na atmosfera deste mundo uma alma nova e forte que destrói, até as fundações, os tronos elevados sobre os crânios e desmantela os palácios erguidos sobre os túmulos, e derruba os ídolos impostos aos  espíritos fracos e humildes.

Jesus não veio ensinar os homens a elevar igrejas suntuosas ao lado de casebres miseráveis e de habitações frias e escuras, mas veio para fazer do coração do homem um templo, e de sua alma um altar, e de sua mente um sacerdote.

Eis o que Jesus o Nazareno fez, e eis os princípios que pregou e pelos quais se deixou crucificar por sua própria vontade.
E se os homens fossem mais penetrantes, celebrariam a data de hoje com alegria, e risos e canções de vitória e de triunfo.

E tu, gigante crucificado, que olhas do alto do Gólgota as caravanas dos séculos; que ouves o barulho dos povos, que compreendes os sonhos da eternidade, tu és, sobre tua cruz manchada de sangue, mais majestoso e mais soberbo que mil reis com mil tronos e mil reinos.

E tu és, entre a agonia e a morte, mais poderoso e mais temível que mil generais com mil exércitos e mil troféis.

Tu és, na tua melancolia, mais alegre que a primavera com suas flores.

Tu és, nas tuas dores, mais sereno que os anjos em seu paraíso.

Tu és na mão dos carrascos, mais livre que a luz do sol.

A coroa de espinhos em tua cabeça mais formosa e mais augusta que a coroa de Buhram, e o prego na palma de tua mão é mais imponente que o cetro de Muchtary.

E as gotas de sangue que correm em teus pés são mais brilhantes  que as jóias de Astarté.

Perdoa, pois, a esses fracos que se lamentam sobre ti, em vez de se lamentarem sobre si mesmos.

Perdoa-lhes porque não sabem que venceste a morte pela morte, e deste vida aos que estão nos túmulos.

Gibran Khalil Gibran, (Livro Parábolas)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O MENINO QUE DOMOU O VENTO

O menino que domou o vento




Com dois livros de física elementar, um monte de lixo e a energia eólica, jovem abastece lâmpadas e celulares em sua vila no interior da África

  

FORÇA AÉREA: William Kamkwamba mostra a instalação que carrega celulares e acende luzes em Malauí, na África.

Escondido entre Zâmbia,Tanzânia e Moçambique, o Malauí é um país ruralcom15 milhões de habitantes. A três horas de carro da capital Lilongwe, a vila de Wimbe vê um garoto de 14 anos juntando entulho e madeira perto de casa. Até aí, novidade nenhuma para os moradores. A aparente brincadeira fica séria quando, dois meses depois, o menino ergue uma torre de cinco metros de altura. Roda de bicicleta, peças de trator e canos de plástico se conectam no alto da estrutura e, de repente, o vento gira as pás. Ele conecta um fio, e uma lâmpada é acesa. O menino acaba de criar eletricidade.

O menino e a importância de suas descobertas cresceram. William Kamkwamba, agora com 22 anos, já foi convidado para talk shows, deu palestras no Fórum Econômico Mundial, tem site oficial, uma autobiografia - The Boy Who Harnessed the Wind (O Menino que Domou o Vento, ainda inédito no Brasil) - e um documentário a caminho. O pontapé de tamanho sucesso se deve a uma junção de miséria, dedicação, senso de oportunidade e uma oferta generosa de lixo.

Em termos de geração e consumo de energia elétrica, o Malauí é o 138º país do mundo

Uma seca terrível no ano 2000 deixou grande parte da população do Malauí em situação desesperadora. Com as colheitas reduzidas drasticamente, as pessoas começaram a passar fome. "Meus familiares e vizinhos foram forçados a cavar o chão pra achar raízes, cascas de banana ou qualquer outra coisa pra forrar o estômago", diz Kamkwamba. A miséria o impediu de continuar na escola, que exigia a taxa anual de US$ 80. Se seguisse a lógica que vitima muitos rapazes na mesma situação, o destino dele estava definido: "Se você não está na escola, vai virar um fazendeiro. E um fazendeiro não controla a própria vida; ele depende do sol e da chuva, do preço da semente e do fertilizante", diz Kamkwamba.

Para escapar dessa sentença, começou a frequentar uma biblioteca comunitária a 2 km de sua casa. No meio de três estantes com livros doados pelo Reino Unido, EUA, Zâmbia e Zimbábue, Kamkwamba encontrou obras de ciências. Em particular, duas de física. A primeira explicava como funcionam motores e geradores. "Eu não entendia inglês muito bem, então associava palavras e imagens e aprendi física básica." O outro livro se chamava Usando Energia, tinha moinhos na capa e afirmava que eles podiam bombear água e gerar eletricidade. "Bombear um poço significava irrigar, e meu pai podia ter duas colheitas por ano. Nunca mais passaríamos fome! Então decidi construir um daqueles moinhos."

Você está fumando muita maconha. Tá ficando maluco." Era isso que Kamkwamba ouvia enquanto carregava sucata e canos para seu projeto. "Não consegui encontrar todas as peças para uma bomba d'água, então passei a produzir um moinho que gerasse eletricidade." Seu primo Geoffrey e seu amigo Gilbert o ajudaram, e após dois meses as pás giravam. O gerador era um dínamo de bicicleta que produzia 12 volts, suficientes para acender uma lâmpada. As pessoas próximas a ele só acreditaram em sua conquista quando ele ligou um rádio, que na hora tocou reggae nacional. "Fiquei muito feliz. Finalmente as pessoas reconheceram que eu não estava louco."

"Conseguimos energia para quatro lâmpadas, e as pessoas começaram a vir carregar seus celulares", diz. No Malauí, a companhia telefônica se recusou a fornecer infraestrutura para as vilas, e as empresas de celulares chegaram com torres de transmissão e baratearam os aparelhos. Por isso, hoje há mais de um milhão de aparelhos celulares no país, uma média de oito para cada cem habitantes

"Bombear um poço significava irrigar. meu pai podia ter duas colheitas por ano. Nunca mais passaríamos fome! Então decidi construir um daqueles moinhos."

A história chegou aos ouvidos do diretor da ONG que mantinha a biblioteca. Ele trouxe a imprensa, e o menino foi destaque no jornal local. E daí alcançou o diretor do programa TEDGlobal, uma organização que divulga ideias criativas e inovadoras que convidou Kamkwamba para uma conferência na Tanzânia. O jovem aumentou o primeiro moinho para 12 metros de altura e construiu outro que bombeia água para irrigação. "Agora posso ler à noite, e minha família pode irrigar a plantação", diz.

Depois de cinco anos, com ajuda daqueles que descobriram sua história, Kamkwamba voltou à escola. Passou por duas instituições no Malauí, estudou durante as férias no Reino Unido e agora cursa o segundo ano da African Leadership Academy, instituição em Johannesburgo que reúne estudantes de 42 países com o intuito de formar a próxima leva de líderes da África.

Apesar de não ter mudado em nada a sua humildade, o sucesso e as oportunidades de estudo tornaram mais ambiciosos os planos de Kamkuamba: "Quero voltar ao Malauí e botar energia barata e renovável nas vilas. E implementar bombas d'água em todas as cidades. Em vez de esperar o governo trazer a eletricidade, vamos construir moinhos de vento e fazê-la nós mesmos".
 
Escrito por William Kamkwamba em conjunto com o jornalista Bryan Mealer, The Boy Who Harnessed the Wind foi lançado em 29 de setembro nos EUA e ficou entre os dez mais da livraria virtual Amazon
Confira a entrevista com William Kamkwamba:

Para receber este informativo, escreva para
institutoninarosa-subscribe@yahoogrupos.com.br






sábado, 30 de janeiro de 2010

THE RIVER SINGS- ENYA- VIDEO - HD




Nossas palavras vão além da lua.
Nossas palavras vão para as sombras.
O rio canta da imensidão.
Nós escrevemos nossa viagem através da noite.
Nós escrevemos em nossa solidão.
Queremos saber a forma de eternidade.

Quem sabe do jeito que está?
Quem sabe o tempo não vai nos dizer?

Montanhas, solidão e da lua
até o final da viagem?
O rio tem a estrada perdida do céu;
a forma da eternidade?

Quem sabe do jeito que está?

Quem sabe o tempo não vai nos dizer?

Onde está o princípio?
Onde está o fim?
Por que nós caímos em dia?
Por que nós estamos chamando para a imensidão?

Quem sabe do jeito que está?
Quem sabe o tempo não vai nos dizer?

CARTA TESTAMENTO: JORGE LUIS BORGES



Doze dias antes de desencarnar, o escritor Argentino Jorge LuiS Borges ( 1899-1986) escreveu este texto-testamento que podemos tornar como uma impressionante lição de existir de um homem brilhante.


Se eu pudesse viver minha vida novamente.
A próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito; me relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido e de saída

Levaria a sério muito poucas coisas.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, faria mais viagens,

Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,
nadaria em mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca estive, comeria mais
doces e menos verduras, teria mais problemas renais e
menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e
prolificamente cada minuto de sua vida
e é claro, em meio disso tive certos momentos de alegria.
Mas, se eu pudesse voltar atrás, trataria de ter somente
bons momentos.

Pois, se não sabes, é disso que a vida é feita e não
percas, por favor, nunca o AQUI e o AGORA.
Eu era um desses que não iam a nenhuma parte sem
um termômetro, uma bolsa de água quente,

Um guarda-chuva e um paraquedas.
Se eu pudesse voltar a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria por andar
descalço desde o início da primavera a seguiria assim
até terminar o outono.

Daria mais voltas pelas pequenas ruas, contemplaria
mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se eu
tivesse outra vez a vida pela frente.
Mas percebas tenho 85 anos e sei que estou morrendo.





sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DO TERREMOTO DO HAITI

 


COMO DOAR
 

Os interessados em ajudar as vítimas do terremoto no Haiti podem fazer um depósito nas contas da ONG Viva Rio, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, da Embaixada da República do Haiti e da CNBB. As doações para a Organização das Nações Unidas (ONU) devem ser feitas para a ONG Viva Rio.

ONG VIVA RIO:
 

Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta 5113-6


CRUZ VERMELHA
Banco HSBC
Agência 1276
Conta 14526 - 84
Aos interessados em fazer depósito online, o CNPJ do Comitê Internacional da Cruz Vermelha é 04.359688/0001-51.


EMBAIXADA DA REPÚBLICA DO HAITI
Banco do Brasil
Agência 1606-3
Conta 91000-7
CNPJ 04170237/0001-71


CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB)
Os depósitos podem ser feitos nas contas da campanha SOS Haiti:


Banco Bradesco

Agência 0606
Conta Corrente 70.000-2

Banco Caixa Econômica Federal
Operação (OP): 003
Agência 1041
Conta Corrente 1132-1


Banco do Brasil
Agência 3475-4
Conta Corrente: 23.969-0



FONTE: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4202729-EI14687,00-Veja+onde+ter+informacoes+e+como+ajudar+as+vitimas+no+Haiti.html